Tenet|Crítica
Um dos filmes mais aguardados de 2020. A ansiedade em assistir Tenet só aumentou após seu adiamento devido a pandemia. Mas toda essa exaltação tem um nome: Christopher Nolan.
O renomado diretor coleciona diversos filmes aclamados pela crítica e pelo público, como a franquia de Batman (desde 2005), Interestelar, Dunkirk e A Origem.
Ele foi o primeiro a utilizar câmeras IMAX para filmagens e com seu novo longa não é diferente. O que mais chama a atenção em Tenet é a experiência imersiva das câmeras.
Tenent tem muita ação e ficção científica. O resultado é um filme grandioso, mas confuso. Para você entender exatamente tudo, ver uma vez não basta. Já vamos explicar o porquê.
A história
Depois de um incidente em uma missão na Ucrânia, o “Personagem” (John David Washington) é recrutado para a missão Tenet. Ele é informado por uma cientista (Clémence Poésy) que certos objetos foram fabricados no futuro e estão indo para o passado.
Tais objetos são restos de uma guerra catastrófica que ainda não aconteceu. Tudo ao comando de Sator (Kenneth Branagh), um russo sádico. Agora, com a ajuda de seu parceiro Nail (Robert Pattinson), eles precisam impedir que uma nova guerra aconteça.
A narrativa é inteligente, prende o espectador, por um lado porque conta uma boa história, mas pelo outro, porque você precisa montar o quebra-cabeça enquanto assiste se quiser acompanhar o filme na íntegra.
Um grande espetáculo
O espectador que gosta de uma boa ação tem o que precisa nas telas: lutas, tiros, perseguições, explosões. Porém, tudo isso acontece ao mesmo tempo com o agravante que eles estão no presente, mas tem hora que retrocedem, ou avançam no tempo em um espaço curto. Na metade do filme até que começa a fazer sentido, mas o final fica previsível.
Apesar de se perder em seus próprios acontecimentos, Tenet é um filme lindo de assistir. Não pela história, mas pela beleza em cena. A fotografia é de encher os olhos, assim como os cenários e as cenas minuciosamente construídas com tantos elementos e acrobacias. Um verdadeiro espetáculo.
Personagens
John David Washington preenche a cena devido ao seu carisma e preparo para o personagem. Nas cenas de ação e espionagem, é fácil para o espectador se lembrar de James Bond, ainda mais pelo tom sério e dedicado do agente.
A parceria de John com Robert Pattinson funciona muito bem em cena. Neil tem diversas habilidades que ajudam o “Personagem”. Ele é humorado e muito inteligente, tem mestrado em física, o que ajuda nessa difícil missão. Pattinson vem mostrando que é dos grandes nomes do cinema atual.
Fail
Já não podemos falar o mesmo da personagem Kat (Elizabeth Debicki), esposa do vilão. O russo bate e chantageia a mulher, não a deixa ver o filho e mantem diversas ameaças para ela não se separar dele. O principal plano dele é aniquilar o mundo todo.
Que ela é a chave para o “Personagem” chegar até o vilão, ok. Mas foi totalmente desnecessário ele mudar seus planos e quase estragar tudo por causa de uma paixonite. Sorte que ela tem um gran finale, mas a atriz Elizabeth Debicki merecia mais que isso.
Kenneth Branagh entrega um bom vilão. Bruto, impiedoso e perverso, Andrei Sator ama a mulher e o filho, mas não tanto quanto sua sede de destruir o mundo. No final, a motivação que o leva a fazer tudo isso é bem fraca.
Tenet é um bom filme de ação e espionagem. Seus inúmeros detalhes atrapalham um pouco a experiência de quem assiste, mas não deixa de ser uma obra incrível de assistir e mais um longa digno de Christopher Nolan.
Assista ao trailer: