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Crítica |A Família Addams 2: Pé na Estrada

A família mais horripilante da cultura pop voltou! Em A Família Addams 2: Pé na Estrada, Mortícia e Gomez estão consternados com a nova fase de seus filhos, mais crescidos, que pulam os jantares em família, mas têm tempo para arquitetar traquinagens e rituais a qualquer hora.

A princípio, na esperança de reavivar o vínculo entre eles, o casal convoca Wandinha, Feioso, Tio Chico e a casa toda para embarcar no trailer mal-assombrado e pegar a estrada numa bem-intencionada viagem de férias em família.

Contudo, Wandinha está na adolescência – ou seja, mais afastada das atividades familiares e não quer que seus pais se intrometam na sua vida. Chateado com o distanciamento da filha, Gomez decide levar toda a família numa viagem de trailer pelos Estados Unidos. Quando estão prestes a por o pé na estrada, um homem surge com uma hipótese chocante: Wandinha foi trocada na maternidade!

Foto: Divulgação / Universal Pictures
Referências horripilantes!

O filme conta com referências divertidas e inusitadas dos clássicos do terror como Carrie: A Estranha e Godzilla vs Kong. A língua dos Addams, especialmente de Wandinha, continua afiada e utilizando do típico vocabulário aterrorizante e carinhoso da família. Mas a caricatura de cada personagem é o que dá carisma, personalidade e dinamismo a história. Sendo algo leve, inocente e engraçado para as crianças.

Além disso, a dublagem acompanha com perfeição a narrativa e consegue traduzir muito bem a atmosfera da história, com termos e referências atualizados e mais compreensíveis para a nossa realidade. A animação segue o mesmo estilo do primeiro filme, só que, dessa vez, adota mais cenários coloridos devido a viagem dos Addams, o que resulta numa perda significativa dos elementos principais da família. O mundo real é dolorosamente sem graça comparado ao dos terríveis Addams.

Foto: Divulgação / Universal Pictures
Personagens em destaque – e os que mereciam mais

O problema está em justamente criar uma história simples que se apoia excessivamente nesses aspectos identitários. Tal qual o filme anterior, a trama principal gira em torno de uma crise de identidade da Wandinha, dessa vez assumindo o protagonismo. Mas seu conflito, agora, é com Gomez, o pai, que tem dificuldade em ver sua “bruxinha” crescer. Era esperado ver um pouco da relação da Morticia e o Feioso, mas estes foram colocados totalmente de escanteio.

Morticia, para a tristeza dos fãs, não tem um arco e nem um enredo. Já Feioso tem um trama fraca e clichê do menino esquisito despertando para o amor e aprendendo a flertar, ao contrário do Tio Chico, que assume um papel importante.

Foto: Divulgação / Universal Pictures

Contudo, é bem comovente observar a jornada de Wandinha e, para aqueles já mais velhos, difícil não relacionar a sua própria adolescência com a crise da personagem. Nesse aspecto, este é um filme que conversa com a audiência mais velha: traz memórias e compreensão que só adquirimos com a maturidade. Apesar de bizarros, os Addams tem o poder de extrapolar características universais das famílias pelo mundo!

Por fim, como toda história da Família Addams, conclui com uma mensagem carinhosa e positiva sobre família, diversidade e respeito as diferenças, afinal, apesar de desejarem ser odiosos, são o oposto disso. As crianças e os adultos encontrarão diversos momentos engraçados, divertidos e um filme family friendly para descontrair.

Assista ao trailer de A Família Addams 2: Pé na Estrada:

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