Crítica | As Marvels
“As Marvels” apresenta um trio de heroínas empoderadas e “humanas”, porém tropeça em um enredo superficial e em uma vilã sem destaque.
Na história, Carol Denvers, também conhecida como Capitã Marvel, recuperou sua identidade dos tirânicos Kree e se vingou da Inteligência Suprema. Contudo, as consequências não previstas colocam sobre os ombros de Carol o peso de um universo desequilibrado.
Ao ser enviada para um buraco de minhoca anômalo conectado aos Kree, seus poderes se entrelaçam com os de sua admiradora de Jersey City, Kamala Khan, que se autodenomina como Ms. Marvel, e com os de sua distante sobrinha, agora astronauta da S.A.B.E.R., Capitã Monica Rambeau. Juntas, elas formam um trio improvável que precisa unir forças e aprender a trabalhar em equipe para salvar o universo.
As três personagens juntas proporcionam leveza ao filme, e a maneira como se conectam e se apoiam deixa a história ainda mais cativante. Iman Vellani, como Kamala Khan, é uma das melhores surpresas do filme. Sua personagem é carismática e engraçada, e conquista o público com facilidade.
Outra presença marcante é a atuação de Teyonah Parris como Capitã Monica Rambeau. O papel desempenhado pela atriz tem uma importância significativa no desfecho da trama, e seu passado compartilhado com Carol Danvers adiciona uma camada emocional ao filme.
Não deu certo!
Apesar da abordagem mais humorada, que funciona bem na maior parte do tempo, o filme escorrega ao incluir diversas cenas desnecessárias, como um musical à la Disney no meio da narrativa. Esses momentos parecem deslocados e não contribuem para o desenvolvimento do enredo, assim como a vilã interpretada pela atriz Zawe Ashton.
Além disso, a trama se desenrola de maneira bastante acelerada e com poucas explicações, tanto que o filme é o mais breve do MCU, com apenas 1 hora e 45 minutos de duração.
Embora “As Marvels” tenha seus bons momentos, está longe da lista de melhores filmes produzidos pela Marvel Studios. Atenção: o filme apresenta uma cena pós-créditos absolutamente imperdível.
