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A Lenda de Tarzan

Essa é mais uma releitura da clássica lenda de Tarzan. Mas dessa vez o filho da selva vive na década de 30 e é habituado à vida em Londres junto de sua esposa Jane (Margot Robbie). Chamado para retornar à selva onde passou a maior parte da sua vida, servirá como um emissário do Parlamento Britânico, após saber dos planos nada bem intencionados do Capitão Rom (Christoph Waltz), que pretende levar Tarzan até a temida tribo do Mbonga (Djimon Housou).

Não esperava nada menos que muita fantasia, trilha sonora impecável e cenários fantásticos vindo do diretor David Yates (dirigiu Harry Potter). Mas isso não bastou para fazer de Tarzan um filme memorável. O longa traz questões sérias, como críticas políticas e sociais. A exploração e escravidão das pessoas que vivem no Congo pelos Belgas são discutidas. Cheio de pedras preciosas, o país africano é visto como salvação para o rei falido da Bélgica, que manda Leom Rom para negociar e é ai que o filme realmente começa. 


Alexandre Skarsgard exibe seu belo físico, grito potente, mas não consegue convencer a “volta de Tarzan”. Talvez essa tenha sido a principal falha. Não conseguimos nos apegar ao filho da selva que estamos acostumados. Em flashbacks, vamos acompanhando a velha história e por mais que sabemos ela de trás pra frente, traz emoção, mas não a que estamos acostumados a sentir.

Quem dá o gás nas cenas é o seu parceiro George Williams (Samuel L. Jackson), um americano que participou da expansão ao Oeste na América do Norte e sente ao ajudar Tarzan em sua missão, uma espécie de remissão. Ao longo do filme ele trouxe boas tiradas, como na ótima cena de luta entre Tarzan e seu irmão gorila. 

Foto: Divulgação: Warner Bros

Apesar da Jane ser uma mulher mais forte e destemida nesta sequência, não consegue escapar dos momentos “donzela em perigo”, fazendo consequentemente o seu amado busca-lá. Margot Robbie é ascensão do momento, a tão esperada Arlequina. Pode ser isso que tenha apagado um pouco sua Jane, já que esperamos ansiosamente a versão vilã da atriz. 

O roteiro falha ao deixar solto o papel de quem parecia ser o vilão. Mbonga é um antigo inimigo de Tarzan por um motivo bem forte (sem spoilers), mas o que deveria ser um grande destaque se perde nas maldades do malévolo e carismático Capitão Rom (o inesquecível Hans Landa de Bastardos Inglórios), resolvendo sua questão com o personagem principal a poucos minutos de acabar o filme, simples assim.

Foto: Divulgação: Warner Bros
As cenas de ação não são a todo momento, mas quando surgem é para deixar o espectador em êxtase. Tarzan e seus companheiros saltando em árvores, voando pelos cipós até caírem em cima de um trem em movimento e libertarem todos os escravos é uma das melhores cenas, assim como todas em que a família de gorilas aparecem. Expressivos e extremamente selvagens, eles dão a emoção que esperamos no filme.
Com um herói civilizado e uma incrível panorâmica do Congo, A Lenda de Tarzan é um filme que agrada e entretêm o público, traz questões políticas e boas cenas de ação, provando que há outras maneiras de contar a história do rei da selva. Não que essa tenha sido uma boa ideia. 
Assista ao trailer: 

Um comentário sobre “A Lenda de Tarzan

  • Muito obrigada por compartilhar o filme! Amei esse filme quando eu vi no cinema no ano passado. Eu definitivamente verei de novo. Gostei muito da história por que não é tão previsível como outras. Para mim é esse filme é um dos melhores que Djimon Housou fez até agora. Eu li em uma Rei Arthur a Lenda da Espada sinopse que ele também fez um bom trabalho no ano passado. É bom! Lembro dos seus papeis iniciais, em comparação com os seus filmes atuais, e vejo muita evolução, mostra personagens com maior seguridade e que enchem de emoções ao expectador.

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