Imaculada | Crítica
A atriz Sydney Sweeney é a estrela do momento. Após o enorme sucesso com a comédia romântica “Todos Menos Você”, ela está de volta aos cinemas como a freira Cecília, protagonista e produtora do filme de terror “Imaculada”.
Com direção de Michael Mohan (já dirigiu a atriz em “The Voyeurs”), na trama, Cecília (Sydney) é uma jovem religiosa que se torna freira em um convento isolado na região rural da Itália. Sua chegada não agrada a todos e, conforme ela começa a viver no local, sente que coisas estranhas estão acontecendo.
Após engravidar misteriosamente, mesmo sem ter tido relações com ninguém, Cecília é tida como santa dentro do convento por trazer o “novo milagre” para a terra. Mas ela também se torna um alvo, especialmente da enigmática Irmã Isabelle (Giulia Heathfield Di Renzi) e foco do Padre Sal Tedeschi (Álvaro Morte).
A partir daí, eventos sombrios começam a acontecer dentro do convento, transformando o que deveria ser uma experiência de devoção ao divino em um grande pesadelo.
Sidney Sweeney entrega performance poderosa em “Imaculada“
Em “Imaculada”, a atriz se distancia completamente dos papéis estereotipados de “hot girl“, apesar de sua atuação impecável na série “Euphoria”. Aqui, a câmera foca frequentemente nos olhos expressivos de Sydney, revelando a grande maturidade que ela traz para o papel.
Seus gritos e lágrimas transmitem, através de Cecília, a incredulidade diante dos acontecimentos e o pavor de testemunhar tantos eventos trágicos dentro do convento.
Embora o filme traga sustos previsíveis, ele acerta em cheio nas cenas de violência, que são agoniantes. Quem tem aflição de sangue e excisões, pode fechar os olhos.
Outra grande surpresa é o personagem interpretado por Álvaro Morte, o Professor da série “La Casa de Papel”. Sem dar muitos spoilers, ele entrega uma performance que certamente surpreenderá os fãs que o acompanharam na série. No filme, todas as aparências enganam.
“Imaculada é um bom filme?”
Antes do veredito final, é importante destacar a fotografia do longa. É raro que filmes do gênero se destaquem nesse aspecto, mas “Imaculada” traz um jogo de luzes que ajuda a criar o suspense necessário.
O foco do filme é a religião e traz resoluções instigantes, pena que tão breve. Contudo, não vamos novamente se aprofundar para não dar spoilers à vocês.
Seguindo a linha do terror, “Imaculada” apresenta freiras sinistras, imagens de santos frequentemente e eventos assustadores. A narrativa do filme engana o espectador o tempo todo, criando expectativas que nem sempre correspondem à realidade.
E talvez essa construção de expectativas pode causar uma certa frustração no final. O filme não segue o óbvio, e o desfecho da trama recai sobre os ombros de Sydney Sweeney.
“Imaculada” é um filme de terror para vermos Sydney Sweeney brilhar. A trama se apoia mais nos elementos de terror e suspense do que em sua própria narrativa, que tinha potencial para ser grandiosa por fugir do óbvio e trazer uma reviravolta, mas acaba se perdendo.
Assista ao trailer: