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A Seleção

Foto: Bruna Castilho

A Seleção é o primeiro livro da série escrita pela autora Kiera Cass. Um conto de fadas de contexto político, que com toda a certeza entrará para a sua lista de favoritos. Entenda por que.

A narração é conduzida por America Singer, cantora da casta cinco que vem de uma família de artistas. Ela vive um amor proibido e intenso de dois anos com Aspen Leger, um rapaz da casta seis e o mais velho de sete irmãos, que trabalhava em obras como ajudante. Apesar dos dois passarem necessidades, um sempre ajudou e apoiou o outro. 

A história se passa em Illéia, um país novo que divide as pessoas em oito castas, que são habilitadas conforme seu status e habilidades. A primeira, por exemplo, pertencente a realeza e a última as mais miseráveis. 

A narração começa com a história na visão de America, contando quando a carta da Seleção chegou em sua casa. Ela mora com os pais, e os irmãos May e Gerard na Carolina. Ela tem outras duas irmãs Kenna e Kota, mas não moram mais juntas. 

Todas as garotas esperam A Seleção, uma competição que reúne moças de todas as partes e uma só saí a vencedora: além de escapar da realidade imposta ainda no berço e de toda família ser recompensada, casa-se com o príncipe. 
 
A Seleção lembra Jogos Vorazes, além das pessoas serem divididas em castas diferentes, os melhores momentos no Castelo e as provas são transmitidas a todo país, pelo Jornal Oficial. 
 
Depois de muita pressão de Aspen e de sua mãe para se inscrever, America finalmente aceita, mas tendo a certeza de nunca será escolhida. Mas claro que tudo toma um rumo diferente. America conhece pessoalmente o príncipe. Lindo, bondoso, educado, engraçado, tudo o que ela não esperava. Aos poucos ela percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tenha ousado imaginar. 
“Se você tivesse a chance de ter algo melhor em sua vida, e você não aproveitasse por minha causa, eu nunca me perdoaria. Eu não suportaria.”  
Foto: Bruna Castilho
Seu coração ficará dividido igual ao de América, pode ter certeza. Cada um tem um valor diferente, uma forma de demonstrar seu amor. De um lado Aspen, que mesmo dando mancada com a ruiva, é um cara muito do bem. Protetor, sempre fez de tudo para ela ser feliz. O único problema é que o romance deles só é contado nas primeiras páginas. Após ela ir para o castelo e nos outros livros, senti uma perca de foco. 
“Um dia você vai dormir nos meus braços todas as noites. E acordar todas as manhãs com meus beijos. E algo mais.”

Maxon “Eu não sou sua querida” (os fortes entenderão hahaha) é o companheiro, amigo, e o que toda a sogra desejou. América se destaca para o príncipe por além de ser sincera, sempre o alertá-lo para problemas sociais e no próprio castelo, que Maxon não conseguia enxergar.  

“Estou aqui. E não estou lutando. Meu plano é aproveitar a comida até você me chutar.”

Até o final do terceiro livro, confesso que não tinha escolhido um. Mas deixemos isso para depois.

Quando finalmente ela vai para o castelo, a história fica ainda mais legal. As provas, os vestidos, as produções  e as brigas no Salão das Mulheres com as outras participantes, a identificação com a rainha Amberly <3… Tudo muito incrível. 

 
America é uma protagonista clichê: forte, corajosa, humilde, teimosa e cheia de sarcasmo. Mas são as clichês que sempre nos encantamos, não é mesmo? Além de tratar as criadas como melhores amigas, America não tem medo de lutar por causas que não considera justas. Aliás, apesar de não ser o tema tão presente no primeiro livro, os ataques dos rebeldes ao castelo ficam meio subliminares, sem explicação, a diferença entre os nortistas e os sulistas, saber realmente o que desejam. Já os demais fazem uma crítica social pela diferenciação de classes, a necessidade que muitas pessoas passam e são destinadas a isso desde que nascem. Apesar de sutil, conseguimos enxergar muito bem a posição de Kiera lá. 

“(…) Não era corajosa, e esse emprego exigia coragem. Sim, emprego: não se tratava só de um casamento, mas de um cargo.”

A Seleção é uma história muito gostosa de ler. Têm muitos personagens envolvidos, mas todos (exceto o rei rs) são muito legais. As rixas entre as meninas é bem engraçadas, mas cada vez que uma é eliminada, parte o coração. Com um suspense de leve, ele vai te surpreender em algumas partes, e com certeza fará você correr para ler A Elite.
 
 
 
 

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