O Menino e o Mundo
A animação produzida pelo diretor Alê Abreu, alcança bem além do público infantil. Entre técnicas e rabiscos, texturas e aquarelas, o filme faz uma crítica social ao país, sob o olhar e esperança de uma criança. Com vocês, O Menino e o Mundo.
O longa começa contando a história de uma família que mora numa pequena aldeia, onde plantam o seu próprio consumo, são felizes na simplicidade e na música. O Oninem (Menino de trás pra frente), tem paixão em ouvir seu pai tocar.
Um dia, seu pai viaja para a capital em busca de uma vida melhor para a família. Com apenas uma foto dentro da mala, após sofrer por dias, o menino resolver sair de casa em busca dele. Sempre guiado pelo som (e bolhas coloridas) da flauta que o pai tocava, ele começa a ter várias descobertas em um mundo que até então em sua visão, era simples.
Um dia, seu pai viaja para a capital em busca de uma vida melhor para a família. Com apenas uma foto dentro da mala, após sofrer por dias, o menino resolver sair de casa em busca dele. Sempre guiado pelo som (e bolhas coloridas) da flauta que o pai tocava, ele começa a ter várias descobertas em um mundo que até então em sua visão, era simples.
(Foto: Divulgação) |
O filme é sem diálogo, com as poucas frases ditas de traz pra frente. Seus grunhidos e silencio dão ainda mais voz ao que realmente precisa ser dito. A trilha sonora, com participação do cantor Emicida, traz uma música em especial “Aos olhos de uma criança“, onde faz uma critica social sobre o nosso país.
“Pra quem tem a barriga cheia, piada séria.
“Pra quem tem a barriga cheia, piada séria.
Fadiga pra nóis, pra eles férias
Morre a esperança e tudo isso aos olhos de uma criança”
Quando Ominem entra em uma industria, vê milhares de máquinas e trabalhadores fazendo uma mesma repetição de gestos (me lembrou bastante o incrível Tempos Modernos, de Chaplin), onde os operários ficavam por horas em máquinas, se submetendo a péssimas condições, não só físicas, mas também psicológicas, em uma forma de produção que visavam apenas o lucro, dando as costas para uma escancarada exploração de trabalho. E é justamente isso que o menino presencia, pessoas com as mesmas expressões exaustas, amontoadas em um mesmo transporte depois do serviço, enquanto o dono da empresa chega com seu carro conversível para inspecionar o trabalho.
(Foto: Divulgação) |
Ele não entrou na minha lista de favoritos (Anomalisa e Inside Out têm a minha torcida), algumas vezes achei boring, porém é um filme com abordagens importantes que alcançam todas as idades!
O filme está concorrendo na categoria de Melhor Animação no Oscar 2016, dia 28 de fevereiro.
Olá 🙂 ainda não tive oportunidade de ver o filme, mas vou ver se tento vê-lo esta semana. Mas estar nomeado ao Óscar já é uma vitória, estar ali entre os melhores e numa indústria de gigantes, é ótimo 🙂
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Paulo, obrigada por visitar o blog! Com certeza, estarmos juntos entre tantas animações maravilhosas e diretores de peso, já é uma grande conquista! Assista sim, ele não está nos meus favoritos, mas só pelos temas e debates sociais já vale muito a pena 🙂