A Elite
Foto: Bruna Castilho |
O segundo livro da saga A Seleção traz o desenvolvimento de cada personagem e as causas sociais ganham destaque. E claro, a indecisão angustiante de America, que ainda não decidiu com quem ficar. Maxon ou Aspen?
Agora restam apenas seis garotas, e apesar de Maxon e America estarem bem, ele vem se afastando dela e dando mais atenção para as outras cinco. Claro que isso vai deixar a nossa protagonista ainda mais confusa e com a pulga atrás da orelha.
Finalmente a competição pelo coração do príncipe e pela coroa não são apenas o ponto central do livro. Os recorrentes ataques dos rebeldes, o passado de Illéa finalmente foi revelado. O verdadeiro surgimento nada bonito do novo país, toda a corrupção e sujeira por trás da coroa, e a criação das castas ganham grande destaque.
America finalmente entende que o que está em jogo não é só o casamento show business, mas o futuro de um país!
Gostei bastante da continuação por mostrar um pouco mais das outras garotas, ainda mais o dia a dia delas e odiar Celeste mais do que o normal. Ô menina ruim! O tanto que ela provoca America e cai em cima do Maxon é de dar nos nervos. Só não mais que o maldito rei Clarckson, esse ai tem minha apatia total.
“Quem era aquele homem para me dar ordens? Sim, era o rei, mas, na verdade, era apenas um tirano.”
Lucy, Mary e Anne se provam grandes amigas e aliadas de America. Nos momentos de solidão e tristeza, são sempre as três que oferecem o ombro para a patroa. Mas quem realmente me fez chorar nesse livro foi Marlee. Finalmente o grande segredo da melhor amiga de Meri foi revelado. Achei um tanto quanto cruel o castigo dela e de Carter. Os acontecimentos durante/pós sentença foram os mais pesados de toda a trilogia. O desespero de America por ver o tamanho sofrimento deles, e a indiferença dos demais, chega a doer em nós. O misto de sentimentos que Kiera descreve em cada um é incrivelmente tocante e ao mesmo tempo, agonizante.
Agora que Aspen grude,porém lindo está no castelo e Maxon está um pouco indiferente (depois entendemos o real motivo <3) com America, muitas vezes dá vontade de falar pra America parar de ser tonta e ao invés de sofrer, procurar outro. Talvez essa seja a parte mais exaustiva do livro: a confusão de America. Sim, quem não ficaria assim com duas lindezas no pé, mas… resolve logo, poxa! Quando você acha que enfim algo será revelado, ela arruma algo pra cabeça. Aaaargh.
“Tempo. Eu vinha pedindo muito tempo ultimamente. Tinha a esperança de que, se tivesse tempo suficiente, tudo ia se resolver”
Foto: Tumblr theselectedgirls |
As cenas no abrigo são uma das mais chatinhas, na minha opinião. Toda vez que alguém abre abruptamente a porta gritando “vá para o abrigo” já vem logo um “ah não” na minha cabeça.
Agora, o lacre todo do livro obviamente foi mais uma transmissão do Jornal Oficial, quando America propôs a eliminação das castas. Ela foi inteligente, corajosa e imponente. A cada frase que dizia só conseguia bater palmas, juro. Não vou dar mais detalhes, por conter spoiler, mas isso causou um alvoroço que dará muita ação e confusão para o próximo livro.
A ruiva continua sendo uma das favoritas no jogo, não só por representar uma das castas inferiores, mas por se tornar motivo de esperança para o seu povo e dos mais desamparados, como os rebeldes do Norte. O livro tem um final inesperado, o que te deixa ainda mais em êxtase para saber qual será o desenrolar da história. A Escolha promete!
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