Amor e Monstros – Surpreendentemente bom
Após o público estar saturado com filmes pós-apocalíptico não tão bons, Amor e Monstros veio para provar que o gênero é bom, basta saber fazer.
A história é sobre Joel (Dylan O’Brien), um cara medroso e bem fofo, que após sobreviver a um apocalipse de monstros e passar sete anos dentro de um bunker, resolve ir atrás do seu amor de infância, Aimee (Jessica Hanwick).
Ao contrário dos seus colegas sobreviventes que já lutaram e morreram enfrentando os monstros mutantes – um composto químico causou mutações genéticas nos insetos, que mataram mais da metade da humanidade – Joel, literalmente trava, em uma situação perigosa.
Ele passa o tempo no bunker fazendo sopa para os amigos, desenhando os monstros. Contudo, após falar com a namorada que não vê há tempo, ele decide trilhar um longo caminho sozinho, para rever o seu grande amor.
Claro que ninguém bota fé que ele vai conseguir chegar vivo, tanto os seus amigos, quanto as pessoas que encontra pelo caminho.
Dupla de protagonistas
Dylan O’Brien está sensacional como Joel. O personagem é bem cativante, consegue agradar o público com seu jeito desajeitado, mas ao mesmo tempo, gentil e otimista.
Dylan encanta nas cenas cômicas e emocionantes, como por exemplo, na conversa com a robô Mav1s, onde revê através de uma foto a sua mãe, já falecida, pela última vez.
Um dos seus grandes traumas afetam o seu comportamento, por isso ele não consegue reagir em uma situação extrema. Mais do que sobreviver, a caminhada de Joel é sobre superação emocional.
Contudo, o grande destaque do filme vai para a dupla de Joel, Boy, um dos cães mais fofos em filmes.
O cãozinho tem a personalidade de fiel companheiro e um ajuda o outro em todos os momentos.
O comportamento de Boy, principalmente a sua fidelidade com o dono, é tão fofo, que é impossível não se divertir dos dois juntos em cena. Foi uma boa alternativa humanizar esse cenário apocalíptico com um aliado pet para o protagonista.
Aliás, é pelo Boy que Joel consegue vencer o medo e amadurecer ao longo do seu caminho. Durante o percurso, eles encontram uma dupla que estão seguindo caminhos opostos ao dele, mas o ajudam com dicas importantes para sobreviver.
Interpretado pela carismática, Ariana Greenblatt e o incrível, Michael Rooker (Guardiões da Galáxia), a dupla traz um ótimo alívio cômico com Joel.
Indicação ao Oscar
O filme consegue levar ao expectador uma narrativa com diálogos simples, do mesmo modo, que dá detalhes importantes sobre alguns personagens que surgem no caminho de Joel.
Nesse sentido, isso traz empatia e e conexão com o protagonista, que é sozinho e perdeu toda a família quando tudo aconteceu.
Não é muito atrativo ao ler a sinopse saber que os monstros são insetos gigantes, ou como explicado pelo Joel – uma barata que você mataria com o chinelo, acaba comendo o seu amigo.
Mas as criaturas são tão bem feitas, assim como o cenário e efeitos, que Amor e Monstros foi indicado ao Oscar de Melhor Efeitos Visuais.
Amor e Monstros
Dessa forma, o filme entretém o expectador devido a narrativa e sequências que garantem o entretenimento do público, o grande carisma do protagonista e a mensagem por trás da aventura, de superação e empatia ao próximo.
Assista ao trailer