Back to Black | Crítica
Uma cinebiografia resumida com foco na vida pessoal da cantora Amy Winehouse antes de sua ascensão à fama, “Back to Black” retrata Amy como a única responsável pelo vício em álcool e drogas que causou sua morte prematura aos 27 anos.
Dirigido por Sam Taylor-Johnson (50 Tons de Cinza), a diretora afirmou em entrevistas que o filme seria sob a perspectiva da própria Amy, mas parece que serviu apenas para manchar seu nome.
Um dos pontos que não podemos deixar de citar é a atuação de Marisa Abela (Barbie), que dá vida à cantora. Sua interpretação transita por diversas emoções, do amor ao luto, com muita intensidade, e isso Marisa faz com perfeição.
Controvérsias de “Back to Black”
O filme começa de forma intimista, com Amy cantando em casa com a família e amigos. Amante do jazz e ainda desconhecida do grande público, já se destacava por sua personalidade forte e seu desejo de que as pessoas escutassem sua música.
Após seu primeiro encontro com Blake Fielder-Civil (Jack O’Connell), que se tornaria seu futuro marido e cujo relacionamento tóxico inspirou o álbum e o single “Back to Black”, o filme começa a apresentar um lado unilateral de culpa.
Todas as idas e vindas do casal fazem Amy piorar e usar substâncias cada vez mais fortes. Porém, a trama retrata Blake e o pai de Amy, Mitch Winehouse, como pessoas super cautelosas e preocupadas com ela.
Diversas vezes, Blake está sóbrio ou nada alterado enquanto Amy mostra um lado agressivo, que bate no namorado totalmente alterada. Em outro ponto da trama, Mitch, ao ver a filha ferida e embriagada, nega sua internação a pedido do produtor. O foco do pai naquele momento é o contrato com a gravadora.
Mas posteriormente, todos os homens ao redor de Amy vivem íntegros e “preocupados” com ela, menos a própria que vive fora de si.
O filme toca nos grandes sucessos de Amy e na criação de algumas de suas músicas mais famosas, sendo este o lado mais interessante. De resto, mostra uma Amy Winehouse assustada e cansada, fugindo dos paparazzi e inocentando Blake.
“Back to Black” não é uma grande homenagem à carreira de Amy Winehouse, como outros filmes fizeram com Freddie Mercury e Elton John. Mas é quase uma sentença por ela ter sido quem foi.
Assista ao trailer:
