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Clube dos Vândalos | Crítica

Estrelado por Tom Hardy e Austin Butler, “Clube dos Vândalos” retrata uma história real do trabalho imersivo do fotojornalista Danny Lyon nos anos 60, que documentou em um livro a história de um grupo de motociclistas de Chicago, desde sua ascensão até a crise de sucessão.

Com direção de Jeff Nichols, a história é narrada por Kathy (Jodie Comer), esposa de Benny (Austin Butler). Em entrevista a um jornalista (Mike Faist), ela conta todos os eventos que ocorreram com cada um dos integrantes do grupo.

Casada após namorar durante cinco semanas, ela conta que Benny sempre está metido em brigas e é fiel ao seu clube e ao líder, Johnny (Tom Hardy).

Johnny, um ex-motorista de caminhão, fundou o clube “Vandals Chicago” após se inspirar em uma cena do ator Marlon Brando na TV. Ele reúne um grupo leal formado por Zipco (Michael Shannon), Barata (Emory Cohen), Brucie (Damon Herriman), Corky (Karl Glusman), Wahoo (Beau Knapp) e Funny Sonny (Norman Reedus).

Benny é o favorito de Johnny e o escolhido para herdar seu legado e comando do grupo, o que incomoda Kathy. O filme conduz o espectador desde o momento em que o casal se conhece, mostrando como Kathy foi conquistada pela indisciplina de Benny.

Créditos: Divulgação / Universal Pictures

Mas apesar do clube ter muitas regras impostas por Johnny, Kathy percebe que seu marido corre riscos quando começa a colocar o clube acima de sua própria vida. Além disso, à medida que ganham mais notoriedade fora da cidade.

Os integrantes do clube não têm um propósito claro. Eles se reúnem em “piqueniques”, disputam corridas, duelam entre si quando provocados, brigam com outras gangues e se embebedam.

Rebeldes unidos

Exalando rebeldia e violência, o filme narra a história como um documentário sobre gangsters, mesclando ação e diálogos ácidos. Em meio a toda essa masculinidade, a personagem de Jodie Comer se destaca, sendo uma mulher forte, empoderada e decidida no meio da gangue.

Ela segue o caminho oposto das mulheres dos anos 60/70, que não estavam na garupa da motocicleta participando de reuniões e tomando decisões, mas sim em casa cuidando da família.

O personagem de Tom Hardy traz um lado paternal de todos os marmanjos, que assume estar mais presente para o clube do que para a esposa e suas duas filhas. Já o personagem de Austin Butler traz toda uma rebeldia e virilidade em cena.

Contudo, os problemas iniciam quando o clube começa a se expandir. Eles permitem a entrada de membros mais jovens, além de viciados e veteranos de guerra.

A partir desse ponto, o filme toma um rumo mais sombrio. A paleta de cores mais escura destaca isso e também narrado por Kathy no momento “onde tudo mudou”, entregando um plot na história.

Por fim, “Clube dos Vândalos” não é um filme pipoca. Ele segue seu próprio ritmo, mas entrega uma boa história para quem gosta de ver ficções baseadas em fatos reais e histórias de gangues.

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