Com quase 2 milhões de espectadores, “Ainda Estou Aqui” lidera ranking de bilheteria nacional
O filme “Ainda Estou Aqui” se tornou um sucesso muito antes de sua estreia no Brasil. Premiado internacionalmente, o filme estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello já ultrapassou a marca de 1,8 milhões de espectadores no país e voltou a ocupar o primeiro lugar na bilheteria brasileira desde quinta-feira (21).
O diretor Walter Salles comentou os resultados e ressaltou que mais importante do que os números, é a volta da experiência coletiva no cinema.
Além disso, Salles declarou que “Ainda Estou Aqui”, revive a memória de uma família ao longo de 40 anos e oferece um reflexo do país durante aquele período traumático.
“É um filme sobre aquilo que poderíamos ter sido, sobre aquilo que perdemos. Mas também um filme sobre a vida, sobre o presente e o futuro que queremos. Obrigado a cada um dos espectadores que viu o filme nas salas. É graças ao boca a boca que “Ainda Estou Aqui” está reverberando dessa forma”, disse o diretor.
Filme premiado
Selecionado para mais de 50 festivais internacionais e nacionais, conquistou seu quarto prêmio escolhido por um júri popular. Ele venceu o Prêmio do Público e o Prêmio Danielle Le Roy, eleito pelo Júri Jovem no Festival De Pessac, na França.
Com sete prêmios, o longa também venceu o 81ª Festival de Veneza (Melhor Roteiro). Ele oi escolhido o Melhor Filme pelo público, na 48ª Mostra de S. Paulo.
Ele também ganhou o Festival Internacional de Cinema de Vancouver e o Festival de Cinema de Mill Valley, nos Estados Unidos. A atriz Fernanda Torres levou o prêmio de “Melhor Atriz em Filme Internacional” no Critics Choice Awards.
Baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua família, o filme — sucesso de bilheteria — recebeu indicação da Academia Brasileira de Cinema. Ele vai representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional.
A trama conta a trajetória de Eunice e Rubens Paiva, ex-deputado cassado após o golpe de 1964, sequestrado e morto pelo regime militar. Ainda assim, o filme revela o sofrimento e a resistência de uma família que viveu a violência política de um período sombrio da história do Brasil.