Covil de Ladrões 2 |Crítica
Tão bom quanto o primeiro filme, “Covil de Ladrões 2” mantém a mesma essência do antecessor, mas, ao mesmo tempo, o longa estrelada por Gerard Butler e O’Shea Jackson, entrega novas camadas emocionais e de ação que conseguem elevar ainda mais a trama.
Dirigido por Christian Gudegast, o filme amarra bem com a narrativa do primeiro filme. Demitido, o policial Big Nick (Gerard Butler), está passando por um divórcio e não consegue esquecer Donnie (O’Shea Jackson). O único criminoso que conseguiu escapar após o ousado assalto no filme anterior.
Quando um avião carregado de diamantes é roubado de maneira misteriosa, Nick tem certeza de que Donnie está envolvido. A caçada o leva até Nice, na França.
O ex-policial se vê imerso em um plano de assalto ainda mais grandioso, envolvendo a gangue Pantera e o ambicioso plano de invadir o cofre ultrasseguro do Word Diamond Center.
Só que agora, passando para o lado do “mal”, o policial faz parte do plano de assalto. E diferente do primeiro filme, onde achávamos que Donnie era apenas um peão em um jogo maior, aqui ele se revela como um estrategista brilhante, mostrando toda a sua maestria na arte do roubo.
A trama prende a atenção do público do começo ao fim. A tensão é construída ao dissecar cada etapa do assalto – desde a identificação das câmeras de segurança até a descoberta das rotas de entrada e saída perfeitas para evitar qualquer falha no plano –, mantendo o espectador em alerta.
Gato e rato
O personagem de Butler está bem diferente do primeiro filme. Big Nick continua sendo um policial durão, mas agora marcado pela derrota e pelo cansaço. Seu humor sarcástico permanece, mas com menos excessos, ainda bem, pois o tom “macho escroto” do primeiro filme era irritante.
Já O’Shea Jackson Jr. mantém o carisma e adiciona um ar mais confiante a Donnie. Antes apenas rivais, a interação entre os dois se eleva em uma crescente muito legal de acompanhar, apesar da mútua desconfiança.
O maior acerto do filme está na narrativa. A abordagem até lembra “La Casa de Papel” e “Onze Homens e um Segredo”, repleta de reviravoltas, mas mantêm certa brutalidade.
As cenas de ação são outro ponto alto. Diferente de muitos filmes do gênero que se perdem na confusão visual, aqui as sequências de tiroteios e perseguições são bem coreografadas e têm um peso narrativo.
No geral, “Covil de Ladrões 2” entrega exatamente o que promete: um thriller de ação intenso com personagens carismáticos. Se mantendo fiel ao o primeiro filme, adiciona novas camadas que tornam a experiência ainda mais eletrizante e com a típica reviravolta final que nos faz torcer para que tenha mais um filme da franquia.