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Crítica|2 Mais 2

Baseado na comédia argentina, 2 Mais 2 é um filme de comédia nacional, dirigido pelo ator e diretor, Marcelo Saback.

O filme aborda o universo dos casais que vão ao swing – ou como os protagonistas preferem chamar, “intercâmbio de casais”. Diogo (Marcelo Serrado) e Emília (Carol Castro) estão juntos há 16 anos, têm uma filha adolescente e, apesar da estabilidade, vivem entediados com a rotina em casa.

A relação deles muda completamente quando descobrem que os melhores amigos, Ricardo (Marcelo Laham) e Bettina (Roberta Rodrigues), tem um relacionamento aberto.

Além de serem adeptos a troca de casais, eles tentam convencer os colegas de que é possível ser feliz levando esse estilo de vida.

Foto/ Divulgação – Paris Filmes
Temas abordados

2 Mais 2 não aborda apenas o ciúmes e insegurança de uma relação zero monogâmica, mas também sobre a liberdade e empoderamento da mulher em busca do prazer, reforçando que foi o tempo em que a mulher precisava ser apenas uma boa esposa e satisfazer o seu parceiro.

Essa imagem libertadora é passada pela personagem da Carol Castro, que transita entre a “recatada e do lar” para uma mulher que realiza seus próprios desejos e cria um forte poder de decisão.

Assim como a personagem da atriz Roberta Rodrigues, que é empresária, com muita autonomia e bem resolvida com suas escolhas pessoais.

Na coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (04), a atriz Carol Castro, reforçou o quanto a sua personagem quebra o tatu a respeito da liberdade sexual da mulher.

Os diálogos com hesitações acerca da masculinidade é do ator Marcelo Serrado, que aos poucos vai abrindo mão do seu pensamento engessado pelo benefício do próprio prazer. Enquanto isso, os personagens Ricardo e Bettina, trazem uma descontração maior ao filme.

Aliás, ficou incrível a recriação da cena icônica do filme Beleza Americana. A atriz Roberta Rodrigues fica deitada na cama envolta de pétalas vermelhas, representando a sedução e desejo dos anos 90.

Foto/ Divulgação – Paris Filmes
Plot que não funciona

O entrosamento entre os personagens flui bem. Os diálogos mesclam entre o humor atual com piadas mais inconvenientes. Principalmente quando o personagem Diogo se vê em um ambiente que não está acostumado, com gays, lésbicas, trans e outras pessoas que fogem do padrão hétero.

Contudo, o plot twist dá lugar a rivalidade feminina e a negação de que o relacionamento aberto pode funcionar. As ideias libertadoras das personagens deram voz a dúvidas e acusações machistas.

Foto/ Divulgação – Paris Filmes

Mas no final, a história volta atrás e mostra que as pessoas devem ser felizes independente de suas escolhas. Apesar do tema ainda ser um grande tabu, o espectador recebe a mensagem com leveza e diálogos abertos.

A história não é arrebatadora e nem deixará uma marca no cinema nacional, mas abre uma deixa para conversas sobre a liberdade feminina.

Assista ao trailer:

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