Crítica: Mulher-Maravilha 1984 é o filme do ano
Após sofrer com diversos adiamentos por conta da pandemia, podemos afirmar que a espera por Mulher-Maravilha 1984 valeu muito a pena. Novamente com a direção de Patty Jenkins, o filme tem excelência desde o figurino e itens que remetem aos anos 80, até as atuações magnificas de Gal Gadot e dos vilões interpretados por Kristen Wiig e Pedro Pascal. Veja a crítica completa do filme do ano!
A mensagem por trás do filme
Mais do que um filme sobre a heroína mais famosa dos quadrinhos e do cinema, a história traz mensagens importantes e de grandes reflexões atuais.
O filme é repleto de ação e cenas concisas. Acompanhamos a Diana criança em um torneio, aprendendo com sua mãe, a Rainha Hipólita (Connie Nielsen), sobre valores desde pequena. “Nada de bom acontece com mentiras“.
Porém, a grande mensagem de Mulher-Maravilha 1984 vai além disso. O individualismo, egocentrismo e as escolhas erradas podem levar o mundo ao caos, através de falsas promessas de um futuro onde todos saem ganhando. Medir suas ações pensando no futuro e no seu próximo, é o grande ensinamento que a história traz.
Construção dos vilões
São poucos os filmes que podemos citar que os vilões são tão bem construídos como Max Lord e Mulher-Leopardo.
Pedro Pascal está incrível, é o grande destaque do filme. Max Lord é um personagem clássico dos quadrinhos. Famoso, excêntrico, ambicioso e completamente falido, seus trejeitos e a forma lunática como passa a se comportar, toma conta das cenas. Ele deseja a pedra que está com Barbara – a Mulher-Leopardo.
Barbara tem uma história interessante. Diana é a única que dá abertura para conhecer melhor a colega de trabalho, que vive sendo ignorada por todos. Elas trabalham no museu Smithsonian. Barbara é inteligente, engraçada, mas ninguém vê isso. Seu maior desejo – realizado – é ter a elegância, carisma e a força de Diana. Só que ela não aceita perder seus poderes e acaba se aliando com Max para impedir Diana.
Ambos se tornam poderosos graças a pedra com uma magia feita por um antigo deus do mal. Ela concede o desejo, mas em troca tira algo de valioso da pessoa.
Caracterização – 99% perfeita, 1% fail
Que o figurino é impecável, não podemos negar. Diversas roupas e acessórios coloridos e over, como a pochete, compõe a roupa de alguns dos personagens.
Diana aposta nos clássicos, é elegante e usa ternos e vestidos chiques, além de um bracelete maravilhoso da Bone Elsa Peretti, da Tiffany&Co. em ouro amarelo, de 18k. Isso é pra quem pode! Além disso, o que também rouba a atenção é a Armadura Dourada da Mulher-Maravilha.
Por outro lado, a caracterização da Mulher Leopardo tem uma evolução trash. Primeiramente, Barbara tem um estilo próprio, mais nerd. Após ganhar os poderes, ela começa a usar vestidos, saltos – que nunca conseguiu usar bem – mas para a terrível surpresa, a aparência da Mulher Leopardo relembrou o elenco de Cats.
Gal Gadot e a volta de Chris Pane
Que a Gal Gadot nasceu para ser a Mulher-Maravilha, é um fato. A atriz está perfeita mais uma vez no papel da Diana, que continua salvando a humanidade secretamente. As cenas em locais mais cotidianos, como no shopping, traz uma aproximação maior com o espectador. Ao mesmo tempo, vemos também o quanto ela está solitária, fragilizada e mais fechada após a perda do seu grande amor.
Aliás, Chris Pane está de volta no papel do piloto, Steve Trevor. O retorno dele se dá ao desejo de Diana ter ele em sua vida, porém, o que é bom dura pouco e logo os dois precisam salvar o mundo de um colapso. A química do casal em cena é muito forte.
O Top 3 das cenas do casal são:
- No avião em meio aos fogos de artifícios;
- Ele provando roupas dos anos 80 – hilário;
- Umas das cenas finais deles – desacreditei que fiquei emocionada.
Mulher-Maravilha 1984 é o filme do ano por apresentar uma história completa, com personagens muito bem construídos e uma mensagem importante sobre a proporção que tem o poder das nossas escolhas e como isso pode desencadear coisas ruins e afetar outras pessoas.
Assista ao trailer:
