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É Assim Que Acaba | Crítica

Baseado no best-seller da autora Colleen Hoover, “É Assim Que Acaba“, fez um grande sucesso mundial ao mesclar romance com temas profundos, como relacionamentos abusivos, traumas de infância e o ciclo de violência doméstica.

Muito aguardo pelos fãs, a adaptação cinematográfica chega aos cinemas amanhã (08). Interpretado pela atriz Blake Lively (Lily Bloom), Brandon Sklenar (Atlas Corrigan) e Justin Baldoni (Ryle Kincaid), também diretor do filme, ele consegue se manter fiel à história, além de trazer diversas frases icônicas para agradar a fã base.

Lily Bloom é uma mulher que supera uma infância traumática, na qual sempre presenciou a mãe sofrer violência doméstica do próprio pai. Após a morte dele, ela decide começar uma nova vida em Boston e ir atrás de seu sonho que é abrir seu próprio negócio.

É em Boston que Lily encontra com o charmoso e arrogante neurocirurgião Ryle Kincaid, no alto de uma sacada. Ambos sentem uma conexão intensa um pelo outro e começam uma relação que parece perfeita. Inclusive, coincidentemente, Allysa (Jenny Slate) a irmã de Ryle, se torna sua funcionária na floricultura, além de melhor amiga.

Mas quando o primeiro amor de Lily na adolescência, Atlas Corrigan, reaparece repentinamente em sua vida, seu relacionamento com Ryle é abalado, principalmente ao perceber atitudes de Ryle que a lembram do relacionamento de seus pais.

É Assim Que Acaba
Créditos: Sony Pictures

Alerta gatilho!

O livro contém cenas fortes de violência, tanto da mãe de Lily quanto dela própria. No filme, essas cenas foram suavizadas. Há pouquíssimas cenas que mostram a mãe de Lily sofrendo violência psicológica, e mesmo essas são apresentadas de forma sutil e com a imagem distorcida.

No caso de Lily, muitas vezes os acontecimentos parecem ser apenas “mal-entendidos”, sendo posteriormente explicados através de flashbacks que revelam que se tratou de violência física por parte de Ryle.

No geral, a atuação de Blake consegue captar grande sensibilidade para sua personagem, especialmente quando ela decide quebrar o padrão de violência que ela e a mãe sofreram após uma breve conversa.

O filme é fiel ao livro?

Essa é uma grande preocupação de todo fã quando vê a história que ama ganhar vida nos cinemas. Os fãs de “É Assim Que Acaba” podem ficar tranquilos. Assim como o trailer já mostrava grandes semelhanças, a história entrega muitos detalhes do livro.

Um dos pontos positivos é que o filme inseriu sutilmente detalhes que fazem parte da história de Lily, como sua paixão pelo programa da Ellen DeGeneres, o Ryle e o Marshall de pijamas após saírem do bar. As frases impactantes ditas entre Lily e Atlas, e o conselho que a Allysa dá para Lily após saber o que o irmão fez, também estão lá.

Outro destaque é a trilha sonora do filme. Além de “My Tears Ricochet“, da Taylor Swift embalando os momentos entre Lily e Ryle, “Nothing’s Gonna Hurt You Baby” do Cigarettes After Sex e “Skinny Love” de Bon Iver, são algumas das canções que embalam a história.

O que faltou em “É Assim que Acaba”?

Para quem não leu o livro, pode ficar a impressão de que Atlas foi um amor de infância, mas sem a profundidade que a história tem.

O filme mostra os principais momentos entre eles usando flashbacks. Porém faltou explorar mais sobre os pais de Lily e como ela e Atlas foram uma âncora um para o outro. Um detalhe que pode passar batido para quem não leu o livro.

Crédito: Sony Pictures

Escolha do elenco

Blake Lively e Justin Baldoni estão simplesmente perfeitos no papel. Eles trazem toda a profundidade de ambos os personagens e muita emoção em todas as cenas. A escolha da Isabela Ferrer como a Lily jovem foi certeira também, a atriz lembra muito a Blake.

Quem não tem tanto tempo de tela é o ator Brandon Sklenar, mas a cena dele brigando com Ryle no restaurante é tão boa quanto no livro!

“É Assim que Acaba” é certamente uma das adaptações de romance/drama mais fiéis do cinema. Apresenta a maioria das cenas e frases icônicas do livro, além da excelente atuação dos atores nos papéis.

Traz grande sensibilidade a um assunto tão delicado e que precisa ser falado para quebrar padrões de violência. É o tipo de drama que dá vontade de ver de novo, e de novo…

Assista ao trailer:

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