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Crítica |Ghostbusters – Mais Além

Sem medo de fantasmas! Ghostbusters – Mais Além dá nova vida e roupagem ao clássico de 1984. Com uma verdadeira caça aos easter eggs, o filme consegue oferecer mais do que apenas fanservice, colocando a franquia em ótimas (e jovens) mãos.

Callie (Carrie Coon) é mãe de dois pré-adolescentes e vive dificuldades financeiras, quando recebe a notícia do falecimento de seu pai ausente. Então, sem conexão emocional, ela vai atrás da casa, no meio do nada, adquirida pela herança. Contudo, a casa está caindo aos pedaços e, aparentemente, esconde alguns segredos fantasmagóricos.

O grande destaque do filme fica com Phoebe, filha de 12 anos da Callie (McKenna Grace), que assume o protagonismo dos caça-fantasmas. Aparentemente, uma típica jovem nerd excluída e esquisita socialmente, mas o carisma da atriz e o arco da personagem a levam para outro lugar.

Ghostbusters – Mais Além surpreende em trazer um drama familiar. Afinal, as relações dos personagens traduzem, de certa forma, o que aconteceu nos bastidores do filme. O diretor, Jason Reitman é filho do responsável pelo primeiro filme da franquia, Ivan Reitman.

Trevor (Finn Wolfhard), Phoebe (Mckenna Grace) and Podcast (Logan Kim) in Columbia Pictures’ GHOSTBUSTERS: AFTERLIFE.
Temas abordados na história

Primeiramente, os conflitos são relacionáveis e bem trabalhados. Conseguimos ver o impacto do abandono do pai em Callie, e como a mãe tem dificuldade em se conectar com Phoebe, que, ao que tudo indica, está no espectro autista. A história se converge de modo a aproximar e valorizar essas duas mulheres tão diferentes.

O protagonismo feminino e a história um pouco mais densa quebra as críticas frequentes ao clássico, que também é vítima de várias alfinetas e piadas ao longo do filme. As referências são inúmeras e extremamente divertidas, aquecem o coração dos fãs mais velhos, mas não descontextualizam ou sequestram a nova obra que está nos sendo apresentada.

Nova geração

O time de caça-fantasmas da nova geração também é composto por Trevor – Finn Wolfhard mais uma vez vestido de Ghostbusters, contudo, agora no papel de irmão mais velho; Podcast, revelando Logan Kim como um prodígio da comédia; e Lucky, personagem de Celeste O’Connor, que traz um quê de aventura proibida da adolescência.

Por fim, Paul Rudd, estrela do trailer e destaque dos posters, fica ofuscado por um elenco tão carismático quanto ele. Em Ghostbusters, temos a sua versão mais divertida, mas que mescla ingenuidade com ironia e nunca parece fora do tom, criando um ambiente familiarmente aconchegante.

Foto: Divulgação / Sony Pictures
Ghostbusters é um grande acerto!

Fora a química impecável do elenco milimetricamente acertado, Ghostbusters – Mais Além resgata mais do que easter eggs. Aplica efeitos práticos tal qual seu antecessor. O filme é um espetáculo de efeitos, sons e, principalmente, fotografia. É impossível não ficar fascinado pelo show visual, as empolgantes cenas de ação e as divertidas piadas nerds da Phoebe.

Hollywood vive uma onda de reboots e remakes, mas Ghostbusters resgata a nostalgia com uma proposta nova: incluindo a família e se aproximando dos jovens. Por fim, o filme traz surpresas emocionantes e agrada o público mais velho e mais novos, unindo-os em uma aventura fascinante, ingênua e que, ainda bem, promete mais capítulos!

Assista ao trailer:

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