Gladiador 2 | Crítica
Após mais de duas décadas do clássico estrelado por Russell Crowe, “Gladiador 2” estreia provando que o diretor Ridley Scott realmente sabe fazer sequências épicas.
A superprodução reúne um time de peso no elenco, com Paul Mescal, Pedro Pascal e Denzel Washington, e leva o espectador de volta ao Império Romano, 25 anos após os acontecimentos do primeiro filme.
Lucius (Mescal), filho de Maximus com Lucilla (Connie Nielsen) era uma criança quando o mandaram embora de Roma para sua própria segurança.
Agora, conhecido como Hanno, ele está envolvido na guerra contra os invasores romanos. Capturado e vendido a Macrinus (Denzel Washington), após o assassinato de sua esposa sob ordens de Marcus Acacius (Pedro Pascal), Lucius jura vingança contra o general.
Levado ao império governado pelos gêmeos sádicos (Joseph Quinn e Fred Hechinger), ele precisa sobreviver a uma série de duelos brutais, onde sua sede de vingança precisa se equilibrar com seu instinto de sobrevivência.
Gladiador 2 está à altura do primeiro filme
Com cenas grandiosas, a nova sequência consegue ser tão memorável quanto o longa original. A história se aprofunda no drama dos personagens — algumas vezes através de flashbacks — alternando com duelos intensos e muita ação.
A coreografia das batalhas impressiona. A brutalidade das lutas vem carregada com o peso emocional de Lucius, que anseia por seu momento de vingança. A medida que a história avança, é impossível não se empolgar com a ascensão dele na arena.
Paul Mescal entrega uma excelente performance. Transitando entre a dor e a fúria de maneira impressionante, ele faz com que o público se conecte com sua jornada.
Infelizmente, já Pedro Pascal não é tão bem aproveitado em cena. Apesar de ser importância para a trama, seu tempo de tela é pouco e o personagem tem uma única grande cena no desfecho final.
Os irmãos gêmeos, interpretados por Joseph Quinn e Fred Hechinger, adicionam uma dose de excentricidade ao filme. Quinn entrega olhares intimidantes, enquanto Hechinger traz uma energia quase psicótica ao seu personagem, clamando por sangue e guerra.
Mas quem merece todo o destaque é Denzel Washington. Sua performance prende a atenção, principalmente porque seu personagem tem várias camadas. Assim, a ambição e o plano de Macrinus vai se desdobrando aos poucos.
“Gladiador 2” traz um espetáculo visual, levando o público a arena de Roma. Embora o filme traga conexões com o primeiro longa, ele segue com sua própria identidade, explorando tramas importantes e a jornada pessoal de Lucius de maneira intensa. Sem dúvida, uma sequência à altura do clássico!