Filmes

Guerra Civil| Crítica

Estrelado pelo ator Wagner Moura e pelas atrizes Kirsten Dunst e Cailee Spaeny, “Guerra Civil” é um filme impactante e difícil de assistir.

Não é exagero dizer que a história causa ansiedade em muitas cenas que retratam os resultados brutais da guerra. Mas também é exatamente seguindo essa linha que o longa entrega uma superprodução e se consagra como um dos grandes destaques do gênero.

Com direção de Alex Garland (Ex Machina), a história se passa em um futuro distópico durante um intenso conflito que se alastra pelo país, com a Frente Ocidental se aproximando cada vez mais de Washington DC.

Enquanto o presidente (Nick Offerman) se mantém abrigado na Casa Branca, jornalistas e fotógrafos de guerra arriscam suas vidas na linha de frente em busca de uma matéria exclusiva.

Nessa premissa, os jornalistas com personalidades distintas, partem de uma Nova York irreconhecível para uma jornada rumo a DC na tentativa de encontrar o presidente. Joel (Wagner Moura) é cheio de adrenalina, enquanto o esperançoso Sammy (Stephen McKinley Henderson), sente dificuldades para acompanhar o grupo devido à idade.

Por outro lado, a fotojornalista Lee Smith (Kirsten Dunst) é reservada e fria em muitos momentos, resultado dos anos de guerra que já testemunhou. Ainda novata na carreira, Jessie (Cailee Spaeny), consegue carona com o trio de veteranos sem dimensão do que a espera.

Créditos: Divulgação / Diamond Films

“Guerra Civil” é arrebatador

Eles sabem que é preciso coragem, estômago e, muitas vezes, ignorar o lado humano para seguir adiante. Assim, Jessie é impactada pela barbárie. Orientada por Lee, a menina tenta desligar seu lado emocional para conseguir boas fotos em meio à carnificina.

Kirsten Dunst está impecável no papel. Seus olhos e feições transmitem todo o trauma que a personagem vivenciou por anos e seu esgotamento mental. Wagner Moura tem um futuro muito promissor internacionalmente. Apesar de ter atuado em outras produções, como a série “Narcos”, aqui ele dá um show de interpretação em uma das cenas mais difíceis do longa.

Créditos: Divulgação / Diamond Films

Aliás, “Guerra Civil” entrega momentos que literalmente tiram o fôlego do público. Entre bombardeios e explosões, a sequência de cenas após a aparição do ator Jesse Plemons, como parte de uma milícia, até o desfecho final do filme, são angustiantes e exigem estômago.

A fotografia, edição sonora e atuações impecáveis de Wagner Moura, Kirsten Dunst e Cailee Spaeny, deixam o espectador desconfortavelmente imerso na guerra ao lado deles. A narrativa mantém os personagens vulneráveis a todo instante, e a violência incessante não deixa a tela em nenhum momento.

Não me recordo de um longa que tenha me deixado tão ansiosa e tensa como “Guerra Civil”, que facilmente se consagra como um dos melhores filmes de 2024.

Assista ao trailer:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *