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La La Land – Cantando Estações


La La Land pode ser descrito em uma palavra: perfeição. O diretor Damien Chazelle (Whiplash, 2015), investiu mais uma vez no sonho musical como tema e dessa vez, sua obra é digna das 14 indicações ao Oscar 2017. 


É em um engarrafamento numa rodovia em direção a LA, que acontece a brilhante abertura e onde somos transportados para esse universo particular dos protagonistas Mia (Emma Stone) e Sebastian (Ryan Gosling). Ela é uma atendente de cafeteria dentro dos estúdios da Warner, mas esse é só o seu modo de ter uma renda fixa e estar perto do seu principal sonho: ser atriz, mesmo não dando certo e sendo rejeitada em todas as audições em que participa. Já Sebastian é um talentoso pianista, que sonha abrir o seu próprio bar de Jazz, porém também ainda não deu certo na carreira. 

Foto: Divulgação/ Paris Filmes

Ryan Gosling e Emma Stone estão nos melhores papéis de suas carreiras. Ryan amadureceu muito como ator, depois de atuar em dezenas de romances (como o sucesso, Diário de uma Paixão, 2004), sentimos firmeza e veracidade em cada diálogo e passada, enquanto Emma desencadeia um charme e tanto em suas multifaces nas audições (a dor dela em cada teste reprovado realmente é tocante) e em seus maravilhosos momentos musicais. Em cada etapa amorosa e conflituosa vivenciada, os dois transmitem a cumplicidade e sentimento realista que o público tanto anseia nos casais fictícios

Foto: Divulgação/ Paris Filmes
Entre sapateados, acordes e coreografias, cada cena e diálogo são de encher os olhos, uma perfeita utopia, La la land transborda arte. Podemos observar várias cenas em que o filme faz referências de clássicos musicais, como “Grease – Nos Tempos da Brilhantina“, “Moulin Rouge“, “Vamos Dançar?” e “Dançando na Chuva“. 

Foto: Divulgação/ Paris Filmes

A trilha sonora cantada pelos protagonistas na maior parte do tempo é vibrante. Mas a melodia principal é City of Star, tocada mais de uma vez. É ela que embala os principais clímax e que te fará lembrar e relembrar da história após sair da sessão.

City of star, are you shining just for me?

A fotografia é um ponto forte no filme. Apesar das cores fortes estarem presentes no figurino e outdoors, nada é escandaloso, pelo contrario. Os cenários onde acontecem as principais cenas são naturais, como um céu degradê, um piano, ou um palco sombrio do teatro. Simples, mas que trazem uma carga emocional muito forte a quem assiste.

Foto: Divulgação/ Paris Filmes

A ideia principal do filme é sobre as pessoas irem atrás dos seus sonhos e nunca desistirem. A cidade californiana já foi inúmeras vezes cenário desse tema “clichê”, que desagrada a maioria dos críticos, porém, o filme foge totalmente do desfecho esperado, e é isso que fez La La Land ganhar o coração de todos. Aos poucos a narrativa mostra através de Sebastian, um dilema que todos um dia enfrentarão: ele recusa inúmeros trabalhos pois acredita no que o Jazz significa para ele, mas em uma conversa com o músico Kieth (John Leggend), ele dá uma dura no pianista, pois o que ele acredita, não é o que as pessoas apreciam atualmente. Ou seja, se ele quer mesmo conquistar seus ideais, terá que atravessar muitos obstáculos e fazer concessões e escolhas que não gostaria de fazer. 

Foto: Divulgação/ Paris Filmes

La La Land – Cantando Estações, é uma inspiração a arte, traz a pureza que os antigos musicais nos permitiam, com a realidade não tão feliz que a vida oferece. A cada sequência de cena, a plateia sente junto a descoberta de um novo sentimento e sai da sessão com uma imensa vontade de rever e vivenciar tudo novamente. 
Assista ao trailer:




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