Nosferatu| Crítica
Dramático e profundamente macabro, “Nosferatu” conta a história do vampiro e sua obsessão por uma jovem assombrada, com atuação implacável de Lily-Rose Depp.
Na trama dirigida por Robert Eggers (O Homem do Norte), o corretor de imóveis Hutter (Nicholas Hoult) é enviado à cidade de Wilborg, na Alemanha, para vender um imóvel ao excêntrico e temível conde Graf Orlock.
Apesar de Ellen (Lily-Rose Depp) implorar ao marido para não viajar, pois, segundo suas visões, ele não voltará mais, Hutter vai mesmo assim.
Logo descobre que Orlok é Nosferatu, uma criatura com intenções sombrias. O vampiro milenar deseja se mudar para a vizinhança de Hutter e ficar perto de sua paixão intensamente sexual, Ellen.

Enquanto Hutter luta para escapar do castelo, o vampiro espalha a peste e a morte pela cidade. Sentindo a presença maligna de Nosferatu, Ellen, com a ajuda do professor Albin Von Franz (Willem Dafoe), descobre que a única saída para destruir o mal é realizar um sacrifício.
Destaques da produção
Apesar de evocar o estilo expressionista do clássico de 1922, Robert Eggers traz sua assinatura única à trama. Conhecido por tramas como “A Bruxa” e “O Farol“, o diretor trouxe novamente uma atmosfera sombria e ainda mais rica em detalhes, combinando o horror gótico com um drama psicológico.
É inevitável falar que a atuação de Lily-Rose Depp é o grande destaque do filme. Entre possessões e olhos virados, a atriz traz todo o horror em cena, através de uma performance meticulosamente coreografada. Uma linha entre o assombroso e profundamente humano.

Já a criatura de Bill Skarsgård traz uma criatura grotesca em carne viva. Com uma voz gutural que ressoa como algo ameaçador, ele invade os sonhos de Ellen e é implacável com suas vítimas.
“Nosferatu” impressiona em todos os aspectos, principalmente no figurino e fotografia. Apesar de, particularmente, não ter me aproximado dos personagens, o filme conseguiu mergulhar no inconsciente conturbado de cada um, explorando seus medos de forma visceral e fechando a história de um modo perturbador.