Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice| Crítica
Trazendo pura nostalgia para as salas de cinema, a sequência “Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” chega aos cinemas 36 anos após o primeiro longa, com a assinatura única e peculiar de Tim Burton e o retorno do elenco icônico.
Michael Keaton traz de volta a energia caótica e carismática de Beetlejuice que marcou os anos 80. Winona Ryder também retorna como Lydia Deetz, agora viúva e apresentadora de um programa sobrenatural, utilizando seus dons paranormais.
As duas não se dão bem principalmente porque Astrid sente saudades do falecido pai, enquanto a mãe mantem uma relação com Rory (Justin Theroux), que também é seu produtor.
Catherine O’Hara também volta como Delia Deetz, uma artista plástica luxuosa, trazendo humor à história. Após perderem um familiar muito querido, Lydia, Delia e Astrid retornam para a casa em Winter River.
Ainda assombrada pela existência de Beetlejuice, a vida de Lydia muda quando sua filha descobre a misteriosa maquete da cidade no sótão. E após conhecer o enigmático Jeremy (Arthur Conti), ele e Astrid abrem o portal para a vida após a morte.
Com o caos instaurado, Lydia precisa invocar Beetlejuice dizendo seu nome três vezes para que ele a ajude a resgatar sua filha. Claro que o “favor” vem com um preço alto, principalmente porque Lydia sempre foi o grande amor dele.
Beetlejuice, Beetlejuice, Beetlejuice!
O grande destaque do filme mais uma vez é Michael Keaton. Ele traz a mesma excentricidade e extravagância ao personagem marcante do cinema. Inclusive, momentos de fan-service estão presentes, com recriações de figurinos clássicos e cenas que homenageiam o primeiro filme.
Quem espera uma narrativa totalmente inovadora pode se sentir um pouco frustrado, pois o foco principal do filme revisita as histórias desses personagens.
Novos personagens como Delores (Monica Bellucci), a ex-esposa de Beetlejuice que suga almas — com um “que” de Morticia Addams —, e o policial do mundo dos mortos interpretado pelo incrível Willem Dafoe, se encaixam perfeitamente com a estética visual de Burton, mas são totalmente descartáveis para a trama.
O filme abraça completamente a estética gótica, os diálogos ácidos e os personagens excêntricos. Entre eles, o zumbi de cabeça encolhida Bob, o deserto alienígena de Saturno habitado pelos temidos vermes-cobra de areia, e a Sala de Espera do Purgatório com a senha mais longa do que a de um banco às 10 horas da manhã.
A maquiagem e o figurino são também pontos altos do filme, com características fantasmagóricas e sombrias que acentuam ainda mais a sensação de criatividade nas telas. Aliás, o diretor não é inocente e logo acrescentou canções icônicas, como “Banana Boat (Day-O)”, que também aparece no primeiro filme, na cena do jantar em Winter River, para a alegria dos fãs.
“Os Fantasmas Ainda Se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice” traz toda a excentricidade, irreverência e caos que os fãs do Tim Burton adoram. Quem busca reviver a essência sombria e cômica do filme original, esta sequência promete entregar uma experiência hilária e cheia de momentos nostálgicos.