Pânico 6 | Crítica

Uma das maiores franquias de terror, Pânico 6 supera as expectativas dos fãs. O filme traz muito mais do que uma sequência do terror slasher. Com uma história sagaz e abertura surpreendente, ele se concretiza tão bem quanto os primeiros filmes.

Após as últimas mortes provocadas pelo Ghostface, as irmãs Sam Carpenter (Melissa Barrera) e Tara Carpenter (Jenna Ortega), deixam a pequena cidade de Woodsboro e se mudam com os amigos para Nova York. Mas isso não impede que um novo serial killer vá atrás delas.

Ghostface mais violento

Do início ao fim, o filme entrega mortes mais intensas. Além da faca, esse novo assassino usa arma e outros artifícios para matar.

Uma das mais tensas é a cena do metrô. Dentro de um vagão lotado com diversas pessoas fantasiadas de personagens de filmes de terror –inclusive do próprio Ghostface – enquanto o vagão apaga a luz no túnel, a sensação de que o assassino se aproxima para matar alguém a qualquer instante, deixa o espectador aflito.

O filme tem novos personagens, como a colega de quarto de Tara, Quinn (Liana Liberat); o novo crush de Sam, Danny (Josh Segarra); Ethan (Jack Champion), colega de quarto nerd do Chad; e o Detetive Bailey (Dulmort Mulroney) pai de Quinn. Todos eles são suspeitos, assim como os antigos personagens.

Grandes protagonistas 

Sam tenta proteger a irmã mais nova, enquanto lida com seus conflitantes sentimentos por ser filha de Billy Loomis (Skeet Ulrich), um dos primeiros Ghostfaces (Pânico 1).

Melissa Barrera e Jenna Ortega, são ótimas protagonistas e conseguem manter o legado de Sidney Prescott (Neve Campbell). Jenna teve ainda mais destaque nesse filme do que no anterior.

Homenagem & deboche com a própria franquia 

Além da presença da repórter Gale Weathers (Courteney Cox) – sempre ótima revê-la na franquia – a atriz Hayden Panettiere, está de volta como Kirby Reed. Uma das sobreviventes do Ghostface em Pânico 4, agora ela é uma agente do FBI disposta a ajudar as novas vítimas.

Através de Gale, o filme faz uma última homenagem a um dos mais queridos personagens da franquia, Dewey (David Arquette).

O filme não deixa de apontar os clichês da franquia, como sempre fez. Mindy (Jasmin Savoy Brown), tem uma das cenas mais engraçadas ao apontar os estereótipos que o próprio filme segue.

Pânico 6

Apesar de ser o mais brutal de todos os filmes, Pânico 6 traz os elementos dos outros filmes (as ligações tensas, a frase padrão “qual é o seu filme de terror favorito”), e conquista não só os fãs dos anos 90, mas também um novo público. Superando a história do penúltimo filme, ele consagra de vez as novas protagonistas e cria expectativas para um novo filme.