Livros

Perdida: Um Amor que Ultrapassa as Barreiras do Tempo

Foto: Bruna Castilho
Quando você termina de ler Perdida, a primeira coisa que se pergunta é: “Por que não li esse livro antes?”. Viagem no tempo, muita comédia e romance de tirar o folego (ai ai, senhor Clarke), tenho certeza que ao terminar de ler essa resenha você vai querer comprar o livro!
A Sofia vive em uma metrópole, está habituada com a modernidade e as facilidades que isto lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor a menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam (Jane Austen <3). Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição. 

Após comprar um novo aparelho celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa. Com a ajuda de Ian, Sofia embarca numa procura as cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam leva-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos…

A história é muito bem construída. Cada personagem, diálogo e a narrativa feita por Sofia te envolve de uma maneira tão empolgante, que é difícil você conseguir fazer uma pausa na leitura. A Carina escreve como se você fosse muito próxima da personagem. 

— Senhorita… — disse preocupado. — Por favor, vamos até a minha casa! Acho que pode ter tido uma lesão. A pancada que levou deve ter sido muito forte!

— Não vou para sua casa, ficou doido? Eu sei lá o que você pretende fazer comigo? Você pode muito bem ser um psicopata que quer me fazer em pedacinhos e me guardar dentro de um freezer para comer aos poucos. Não sabe em que ano estamos? …

— Estamos no ano de mil oitocentos e trinta e garanto-lhe que sou um homem de bem. Não tenho outra intenção que não seja ajudá-la! — ele respondeu, ofendido, a minha pergunta retórica.

Ele disse mil oitocentos e trinta? Explodi num ataque de riso histérico, não pude controlar.

Lizzy e Darcy na cena clássica do baile. É o livro favorito de Sofia!
A riqueza de detalhes é o que mais impressiona. É nítido o quanto foi muito bem estudado antes de sair do papel, pois o ambiente e costumes detalhados no século XIX te fazem sentir como se realmente estivesse em outro século. Os bailes, as roupas, o “banheiro” Sofia não achou graça, tudo muito minucioso. 







Os personagens

Sofia Alonzo

É a típica mulher mulher moderna. A Sofia é muito independente, segura de si mesma (tenta parecer, pelo menos), que não liga para o que os outros falam e pensam. O seu grande defeito deve ser o mesmo de todas as mulheres do século XXI: tem tudo tão fácil na mão, que acaba de esquecendo das pequenas coisas (e tão importantes) da vida.

“Eu estava ali para aprender. Aprender a amar, eu pensava. (…). E aprendi que uma vida simples podia ser a mais complexa de todas, a mais feliz de todas, sobretudo se o amor da sua vida estivesse ao seu lado.”

Nina
É a melhor amiga de Sofi. Engraçada, fala as coisas na lata, Catri nunca deixa a amiga na mão e faz de tudo para vê-la bem. Ela namora com o Rafael, um garoto boa vida, que adora implicar com Sofia, mas tem um coração enorme. É o típico casal que queriamos ter como amigos para o resto da vida. 

Ian Clarke

Lindo, simples, paciente, muito romântico, generoso, responsável. Tá bom ou quer mais? Ian mora com a irmã mais nova e vive com ela e com os empregados que considera amigos desde que seus pais faleceram. Quando Ian aparece na vida de Sofia, no século XIX, não é só ela que se apaixona viu…

“(…)Os poucos dias que passei ao seu lado foram os mais preciosos de minha existência. Então, agradeço todas as noites por tê-la em minha vida”
Elisa Clarke

A irmã de Ian, além de meiga e protetora, é muito família. Quando Sofia chega no casarão é a primeira a acolher a perdida do outro século.

Senhora Madalena e Gomes

Eles trabalham na residência dos Clarkes há anos, são considerados da família. Claro que a chegada de Sofia deixa todo mundo de cabelo em pé, inclusive da senhora Madalena, que fica vermelha a cada comentário desbocado da moça. Já o seu Gomes, bom, ele vira o confidente de Ian, pois ele já se encontra “perdido” por Sofia. 

O livro todo você fica se consumindo para saber se Sofia voltará para o século XXI ou não. Em alguns momentos chega a ser desesperador, me remexia na cama feito doida de tanta ansiedade!

Eu com a Carina <3 na sessão de autógrafos para “Destinados” em São Paulo. Sim, ela é incrível!
Para a nossa sorte, Perdida virará filme (espero que em breve!), e tem sua sequência Encontrada e Destinado, com as memórias do senhor Clarke (me abana!)

— Eu te amo, Ian. Não importa para onde eu vá, nem quanto tempo passe. Vou te amar pra sempre! — prometi, olhando para as profundezas de seus olhos negros. E eu sabia que nunca, jamais amaria outro alguém. 
Uma de suas mãos se enroscou em meus cabelos, me puxando delicadamente para mais perto.
— Para sempre. — ele concordou, me silenciando com seus lábios.









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