Procurando Dory
Depois do sucesso em 2003 com Procurando Nemo, a Pixar lançou a animação que todos os fãs esperavam: Procurando Dory. Dessa vez, a peixinha sem memória vai em busca da sua família.
“Oi, eu sou a Dory, eu sofro de perda de memória recente”. Essa frase se repete inúmeras vezes, depois que Dory ainda pequena (alerta fofura) se perde dos seus pais, e ao longo do tempo acaba esquecendo de vez o que realmente procura. Nessa nova aventura, um ano depois de ajudar o Marlin a encontrar o Nemo, ela começa a ter flashes do seu passado e tem a certeza que precisa ir para a Califórnia achar a sua família. Nessa nova aventura, além de cair nas mãos de humanos, ela fará novos amigos como o carranca, porém hilário, polvo Hank.
Como Marlin mesmo diz: “Isso está acontecendo de novo”. Pois bem, vemos um remake completo da história de Nemo, só que dessa vez, a Dory é quem está procurando. Em nenhum momento o roteiro é falho, consegue entreter com seus personagens sempre carismáticos não só as crianças, talvez até mais os adultos. A sua única falha foi não se tornar memorável graças a sua repetição e falta de novidade.
Foto: Reprodução/ Pixar |
A animação traz uma carga dramática muito forte, não só pelas questões abordadas como a perca de memória, a importância da família, o respeito pela diversidade, mas a trilha sonora perfeita de Thomas Newman (composição de vários filmes incríveis como Ponte dos Espiões e Beleza Americana), nos dá um mix de sensações junto com os personagens. É como se cada música completasse aquele momento. Impecável.
Visualmente, a estética do filme é quase um espetáculo subaquático. Mesmo com algumas cenas em luz escura, detalhes como as pedras, profundidade e movimentação do mar, comprova a excelência na intensidade visual com que vem sendo trabalhada as animações.
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O humor do longa continua no tom certo e agradando a todos. Alguns dos personagens marinhos deveriam até ser investidos pela Pixar, como o Hank e o beluga Baley. São os típicos personagens secundários que caem na graça do povo e acabam muitas vezes divertindo o público até mais que o personagem principal. Como foi o caso da Dory e do Nemo.
Na versão americana, houve uma participação de voz da atriz Signourney Weaver, feita no Brasil pela jornalista Marília Gabriela, interpretando a si mesma. Na primeira vez você até desacredita. Uma coisa tão non sense que acabou agradando.
Apesar de não ter autenticidade, Procurando Dory é uma ótima animação e consegue agradar, encantar e entreter. Podemos matar a saudade dos antigos personagens e de falar baleiês, além de conhecer e nos apegar a novos outros. Mas quem vai achando que ele superará Procurando Nemo, esqueça, por mais que seja bom, isso não acontece.
Assista ao trailer:
Foto: Reprodução/ Pixar |
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