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Ritas |Crítica

Quem conhece Rita Lee já a admira como cantora, compositora, multi-instrumentista, símbolo da liberdade criativa e da irreverência.

Já a chamaram de feminista, transgressora, debochada, indomável, gênio à frente do seu tempo. Tudo verdade. Mas “Ritas”, documentário dirigido por Oswaldo Santana e codirigido por Karen Harley, mostra outra camada dessa artista que é impossível resumir.

O longa traz Rita Lee Jones de Carvalho, em casa, com o celular na mão, conversando com o público como se fosse uma amiga de longa data.

Um diário audiovisual da Rainha do Rock Brasileiro, com seus próprios registros caseiros e a última — e inédita — entrevista antes de partir.

O filme estreou nos cinemas em 22 de maio, data escolhida a dedo: é o dia de Santa Rita, e também o dia em que Rita comemorava a vida. Mas sem mudar de signo, claro. Afinal, ela sempre adorou ser uma Capricorniana nata.

Entre devaneios sobre a vida e a morte, Rita apresenta com orgulho seus animais, passeia com a câmera pelo jardim cuidado por seu grande amor, Roberto de Carvalho, e revisita capas de revista que estamparam sua imagem — sempre com comentários ácidos e espirituosos.

Além disso, o longa traz preciosidades de seu acervo pessoal, como o trecho de um depoimento quando ainda era uma Mutante. Costurado por mais de 30 músicas que revelam o peso do seu legado musical, o documentário também traz momentos dela com Elis Regina, Gilberto Gil e João Gilberto.

Do jeito mais Rita possível

Sem entrevistas de terceiros, “Ritas” entrega um bate-papo direto entre a artista e quem sempre a ouviu, com o coração aberto. Em resumo, uma carta audiovisual, onde a cantora entrega reflexões e momentos íntimos em sua casa.

“Para os fãs, é uma oportunidade de mergulhar, reviver, cantar e participar de momentos tão marcantes da nossa cultura”, disse o diretor, Oswaldo Santana.

“Os mais jovens, que não a conhecem muito bem, irão se surpreender com a artista mulher que sempre viveu à frente do seu tempo. Abrindo caminho para o feminismo com muito rock’n’roll, sinceridade, deboche, talento, carisma e amor”, falou.

Lembrando que a produção não é a mesma que estreou na Max. “Ritas” está exclusivamente nos cinemas.

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