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Till – A Busca por Justiça | Crítica

Forte e necessário, Till – A Busca por Justiça é um filme sobre racismo e injustiça racial. O longa conta a história de Mamie Till Mobley ( Danielle Deadwyler), uma mãe que luta por justiça após seu filho de 14 anos, Emmett Till (Jalyn Hall), ser brutalmente assassinado.

Em 1955, Emmett foi linchado e morto enquanto visitava seus primos no Mississippi. Após entrar em uma loja, o acusaram de assédio após falar com uma mulher branca.

Filme necessário

É impossível não sentir incômodo, revolta ou não se emocionar durante a história. Mamie conseguiu trazer visibilidade para a sua luta, apesar de suas denúncias serem descredibilizadas por todos. Danielle Deadwyler é uma potência em cena.

A diretora Chinonye Chukwu, foi assertiva na forma de contar a história, e principalmente no modo como exibe os sentimentos de Mamie. No começo do filme, ela instrui o filho a ser “menor do que os brancos”, durante a viagem.

Mas após a tragédia, quando ela afirma que o funeral terá o caixão aberto para que todos vejam o que o racismo fez com seu filho, seu discurso muda para: “Esse cheiro é o corpo do meu filho cheirando a ódio racial. Agora quero que a América testemunhe”.

Till - A Busca por Justiça
Universal Pictures

Aliás, a cena em que ela vê o corpo do próprio filho é muito forte e arrebatadora. Apenas ali, Danielle já merecia indicação ao Oscar 2023. A academia cometeu mais uma injustiça. 

Com 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, Till – A Busca por Justiça é um filme chocante, doloroso, mas principalmente necessário no mundo todo. O movimento Black Lives Matter é muito forte nos EUA, e essencial para combater a discriminação e brutalidade contra os negros.

Somente em março de 2022, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma lei que considera o linchamento um crime de ódio. Essa lei possui o nome de Emmett Till.

Assista ao trailer:

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