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Venom: A Última Rodada | Crítica

Divertido justamente por não se levar a sério, “Venom: A Última Rodada” marca a despedida entre o jornalista Eddie Brock (Tom Hardy) e seu simbiótico.

O longa traz um apelo emocional aos fãs e, apesar das falhas e cenas desnecessárias, a amizade entre eles ainda é o grande destaque da trama e consegue entreter o público.

Nova história

Com direção de Kelly Marcel, a nova aventura de Venom traz a dupla em fuga após a suposta morte do detetive Patrick Mulligan (Stephen Graham) no filme anterior.

Enquanto tentam escapar, um exército liderado pelo soldado Rex Strickland (Chiwetel Ejiofor) os persegue. Strickland faz parte da Área 51, onde a cientista Payne (Juno Temple) estuda raças alienígenas.

O último filme da trilogia intensifica a adrenalina, pois Eddie e Venom também precisam lidar com as xenófagas, criaturas aterrorizantes enviadas pelo implacável Knull. O criador dos simbióticos busca vingança contra seus “filhos” que se rebelaram e o aprisionaram em um estado de vazio.

Para se libertar, Knull precisa destruir o Codex, que é o elo entre Eddie e Venom. Porém, isso significa que Eddie ou o simbiótico precisariam morrer.

Novos personagens

A história consegue amarrar as subtramas apresentadas, mas o grande vilão Knull praticamente não aparece, e seu embate com Venom não acontece.

Embora sua história seja brevemente apresentada, o verdadeiro clímax ocorre em um duelo entre diversos simbióticos e as criaturas enviadas por ele, uma das cenas mais empolgantes do filme.

A cientista interpretada por Juno Temple, a querida Keeley Jones da série “Ted Lasso“, é uma personagem carismática e contribui para o desfecho da trama.

Porém, a história apresentada dela com o irmão só serve para apresentar a motivação de ela ser uma cientista, de resto, é descartável. Sem propósito, a participação de Cristo Fernández, também da mesma série, não faz sentido nenhum para o filme.

Créditos: Sony Pictures

Ao acreditar que Nova York é um lugar seguro, Eddie encontra uma família hippie fascinada por alienígenas. Ele é acolhido sem que a família saiba sobre seu hospedeiro.

Eles trazem um toque acolhedor e sentimental ao filme, mas há muitos momentos de cena jogados fora, onde poderia ser melhor aproveitado para desenvolver melhor os personagens ou aumentar o tempo de embates.

Precisava? Não precisava — mas é tão Venom

Venom 3 usa e abusa da farofada, que de tão absurda, se torna engraçada. O simbionte se funde a um cavalo ao pôr do sol enquanto foge na estrada, faz apostas em um cassino em Vegas e dança ao lado da carismática Mrs. Chen (Peggy Lu) — cenas puro nonsense.

Créditos: Sony Pictures

O ponto alto continua sendo a conexão entre Eddie e Venom, é muito legal de assistir. O tom debochado do simbionte está ainda mais aflorado, assim como a amizade entre eles. O filme soube aproveitar esse sentimento de despedida.

Superior ao segundo filme, “Venom: A Última Rodada” entrega uma trama sobre amizade e conexões, além de muita farofada e cenas de ação. Em tom de despedida ao som de “Memories“, de Maroon 5, o público se despede de Eddie, Venom e toda a jornada do anti-herói.
Atenção: fique até o final, tem duas cenas pós créditos!

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