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Zootopia – Essa Cidade é o Bicho

(Foto: Divulgação)
Depois do sucesso de Divertida Mente e Frozen, com uma animação politizada e cheia de indiretas, a Disney acertou em cheio mais uma vez liderando a bilheteria mundial, deixando até o anti-herói Deadpool para trás. 

Zootopia é uma cidade composta por bairros habitat onde apenas os animais habitam e vivem em perfeita harmonia. 
A protagonista Judy Hoops é uma coelhinha pequena do interior, forte e determinada. Sempre com o lema “qualquer um pode ser o que quiser“, ela sonha em ir para a cidade de Zootopia ser policial. 

(Foto: Divulgação)
Já no começo é interessante ver alguns exemplos de paradigmas na vida da personagem. Tida como frágil, Judy é desmotivada até pelos próprios pais e amigos, que afirmam ser uma profissão de muitos riscos, e ela por ser uma pequena coelha não terá chances.  

Ao som de “Try Everything” da Shakira, ela vai para a tão sonhada cidade realizar seus ideais. 
“Eu não vou desistir, não, não vou ceder.
Até chegar no fim. E depois começarei de novo.
Apesar de eu estar na liderança, quero tentar de tudo.
Quero tentar mesmo que eu possa falhar”

A trilha sonora se encaixa perfeitamente na vida da protagonista. Mesmo com a descrença de todos, ela conseguiu se formar e no segundo ato vive seu primeiro dia de trabalho, porém como guarda de trânsito, já que seu chefe não a acha capaz de resolver um misterioso caso de 14 animais desaparecidos, junto com seus colegas de trabalhos (e grande porte). 

Isso me lembrou até do clipe da Beyonce ” If I Were a Boy“, onde ela é uma policial no clipe. Se Judy fosse um animal de grande porte ou apenas um coelho, seria tratada de outro jeito? Alerta a igualdade! 


(Foto: Divulgação)
Judy, determinada a provar seu valor, consegue pegar o caso de mais um desaparecido e faz um acordo com seu chefe: caso não consiga resolver o mistério dentro de 48 horas, entregará seu distintivo. Nessa aventura, ela conta com a parceria de Nick Wilde, um raposo malandro e destemido que comete muitas infrações na lei diariamente. 
Além do roteiro, a personalidade de cada animal é o que mais chama atenção no filme. Judy por exemplo, mantém preconceito e intolerância a todo momento com Nick (por terem a fama de serem predadores de coelhos, a velha história do conto). Já o tigre recepcionista Benjamin Garra Mansa é um dos personagens mais engraçados, que já sai do protótipo pelo nome. 

(Foto: Divulgação)
Zootopia pode ser nomeada com apenas uma adjetivo: franqueza. Não é uma animação onde a vida é bela e o mundo é perfeito: o prejulgamento fala mais alto em quase todos os momentos, pois os personagens vivem cometendo erros uns com os outros constantemente.
Em um certo momento, o pai da coelha diz: “o segredo é não acreditar muito nos sonhos“. Mas Judy, após admitir a si mesma que todos nós temos limitações e fraquezas, e que não devemos generalizar ninguém, consegue aprender o clichê mais importante de todos: as aparências enganam, e mesmo quando errar, tente outra vez. 


(Foto: Divulgação)


Ao contrário de muitas animações, as piadas são boas, as referências dadas como Breaking Bad e Poderoso Chefão devem agradar a muitos e na minha opinião, uma das melhores cenas e ironias de todas é: os bichos preguiça como servidores públicos e um deles chamado “Flash”. 
O filme vale muito a pena ser visto! A dublagem feita por Monia Iozzi, Rodrigo Lombardi e Ricardo Boechat não desejaram a desejar, muito pelo contrário, e olha que é difícil eu gostar de qualquer dublagem! Fico feliz de ver que muitos desenhos direcionados ao público infantil vêm seguindo um contexto direcionado a todos os públicos. 


(Foto: Divulgação)


 Confira o trailer!






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