A Cabana
Dez anos depois do livro homônimo ser lançado pelo autor William P. Young, o best-seller mundial A Cabana chegou as telas do cinema! É inquestionável dizer o quanto esse livro consegue tocar em questões que guardamos dentro de nós, pois a religião e a fé ainda são assuntos muito delicados e cheios de perguntas. Lógico, que como toda adaptação, diversos trechos foram mudados e tirados, porém a grande essência e mensagem permaneceram ali, menos a emoção do protagonista.
Durante uma viagem, Missy, a filha mais nova de Mackenzie é brutalmente assassinada. Após quatro anos vivendo numa tristeza profunda causada pela culpa e pela saudade, ele recebe um estranho bilhete, aparentemente assinado por Deus, convidando-o a voltar à cabana onde aconteceu a grande tragédia.
As escolhas para representar a Santíssima Trindade já prova como a história quer que o público veja um lado totalmente sem preconceitos e estereotipado, desde que o mundo é mundo. Papai (Octavia Spencer), Jesus (Avraham Aviv Alush) e o Espiríto Santo (Sumire Matsubara), transformam a vida de Mack através de muitas respostas, reflexões e gestos. As atuações de Octavia e Avraham são as que chegam mais perto da “realidade do livro”, porém sempre dá aquela sensação de “o que eu senti lendo foi muito maior”.
Foto: Divulgação/Paris Filmes |
Esse sentimento foi claramente exposto na cena da brasileira Alice Braga, no papel da Sabedoria, uma das cenas mais importantes e sensível da história. Ela e a Missy, conduziram a cena lindamente, a primeira mostrando emotividade, enquanto a menina passou toda a empatia e carisma que faltou no personagem principal.
Foto: Divulgação/Paris Filmes |
Sam Worthington conseguiu estragar toda a emoção do filme. Para um personagem como Mack, totalmente debilitado psicologicamente, a escolha não poderia ter sido pior. Ele me lembrou muito o Jamie Dornan, pela decepção e angústia ao vê-lo em cena. A falta de expressão e lágrimas no rosto incomoda muito, ainda mais ao ouvir as fungadas da platéia, e querer chorar também, mas ai você olha pra tela e pensa: algo está errado.
Foto: Divulgação/ Paris Filmes |
A fotografia do longa é lindíssima, exatamente como é descrito no livro. As filmagens feitas no Canadá, tem uma produção paisagística, e o seu uso de cores variam de acordo com as emoções apresentadas em cena.
A Cabana é um livro/filme universal por apresentar uma história limpa sobre a fé, sem querer obrigar e impor nada ao espectador. É como deveria ser: a sua busca e resposta por Deus, independe da sua religião. Através de metáforas, a história passa serenidade, emoção e até respostas, se ir de coração aberto.
Foto: Divulgação/Paris Filmes |
Ah, e leve o lenço! Se você chorou no livro, vá preparada, pois apesar de alguns erros, a essência da história se mantém, impossível até um coração peludo não chorar!
Assista ao trailer:
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